Ative Vida

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Embora muito importante, o autoexame acaba fornecendo um diagnóstico mais tardio do que os obtidos com exames clínicos, como, por exemplo, o e de imagem. Isso acontece, pois ele só detecta grandes nódulos. Para Artur Malzyner, médico oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e organizador do livro Câncer e prevenção (MG Editores), o autoexame não é mais recomendado como método preventivo, ele explica que a sensibilidade de equipamentos como a mamografia e o ultrassom das mamas permite detectar nódulos de dimensões tão pequenas quanto 0,2 ou 0,3 cm, que seriam imperceptíveis ao toque.
Na hora do diagnóstico, quanto mais cedo o câncer for encontrado e tratado, maiores são as chances de recuperação, por isso, a mamografia e o exame clínico reduzem a taxa de mortalidade. “Nessa área da medicina, o diagnóstico precoce é diretamente relacionado com o sucesso do tratamento. Com métodos mais sensíveis conseguimos diagnosticar com muita frequência casos que iriam ameaçar a saúde da mulher apenas muito mais tarde”, afirma o oncologista.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. No ano passado cerca de 52.680 novos casos foram identificados no país. Para esse ano, esse número deve chegar a 60 mil. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Por isso, a partir dos 40 anos todas as mulheres devem fazer os exames periodicamente. São eles: exames clínicos (palpação) feitos por médicos ou enfermeiros treinados para detectar tumores superficiais de até 1 cm; exame mamográfico (radiografia capaz de detectar nódulos pequenos de poucos milímetros), indicado a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos. Mulheres consideradas de alto risco devem fazer exames anuais a partir dos 35 anos.