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Entenda a diferença entre tendinite e bursiteAmbas são processos inflamatórios e possuem sintomas bem parecidos. A tendinite é uma inflamação do tendão, caracterizada por inchaço, calor e vermelhidão na área afetada. Já a bursite é a inflamação da bursa (uma “bolsa” cheia de líquido que tem a função de proteger os tecidos ao redor das articulações do corpo), e que se localiza em ombros, cotovelos, quadril, joelhos.
“A bursite é uma inflamação secundária. Ela só acontece após uma lesão no tendão que ela protege (tendinite)”, explica o ortopedista do Einstein, Dr. Eduardo Carrera.
As inflamações nos tendões podem ocorrer por diferentes motivos, como excesso de uso (esporte) e sobrecarga, processos traumáticos, e até mesmo em função de outras doenças, como a artrite reumatoide.

Pessoas e profissões mais afetadas

De acordo com o Dr. Carrera, cada articulação pode desenvolver um tipo de tendinite, isso vai depender da atividade diária do paciente. Por exemplo, jogadores de futebol provavelmente irão ter processos inflamatórios nos membros inferiores, enquanto um tenista tende a desenvolver lesões nos membro superiores (pernas, tornozelos e pés) e no quadril.
As profissões mais afetadas pelas tendinites de ombro são aquelas em que o indivíduo trabalha com o braço acima da cabeça (professores, trabalhadores braçais, pintores etc.) e esportistas que fazem movimentos de arremesso. As tendinites são muito comuns em idosos pelo fato de estarem diretamente ligadas ao processo degenerativo, tanto biológico quanto fisiológico, do corpo.
“A evolução da tendinite é a ruptura do tendão, como consequência das lesões degenerativas, que por sua vez são consequências de processos inflamatórios de repetição, explica o Dr. Carrera.
As tendinites de ombro ocorrem geralmente em pessoas com menos de 50 anos. Já as roturas, em pessoas a partir dos 60 anos, em função dos processos inflamatórios coexistentes.
“Existe um falso conceito popular que nomeia todas as lesões dolorosas do ombro de bursite, inclusive uma tendinite. Uma das lesões mais comuns do ombro é a lesão do manguito rotador (grupo de músculos e seus tendões que age para estabilizar o ombro)”, informa o médico.

Sintomas e diagnóstico

Mesmo não apresentando sintomas específicos, os mais comuns são dor ao fazer movimento com a área afetada, restrição, ou mesmo limitação do movimento e diminuição da força.
“O paciente que apresentar alguns destes sintomas deve procurar um ortopedista para que sejam feitos exames clínicos por imagens (radiografia, ultrassom e/ou ressonância) para a confirmação do diagnóstico. As estruturas anatômicas de cada pessoa são diferentes e só o médico irá saber diferenciar se o caso trata-se de tendinite ou bursite”, aconselha Dr. Carrera.

Tratamento e sequelas

O tratamento clínico é feito com o uso de anti-inflamatórios, repouso e termoterapia (tratamento feito com uso de bolsas de água quente e/ou geladas).
“As bolsas de gelo provocam o estreitamento dos vasos sanguíneos (vasoconstrição), diminuindo as inflamações; enquanto as bolsas quentes aquecem e relaxam a musculatura dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação (vasodilatação), e também diminuindo o processo inflamatório,” explica o ortopedista.
Imobilizações e fisioterapia para fortalecer os músculos também podem ser indicadas para resolver o problema.
“Se após seis meses o tratamento clínico não obtiver resultado, começamos, então, a pensar em cirurgia, utilizando técnicas minimamente invasivas, como é o caso da reparação por artroscopia”, conta.
Em casos de rotura do manguito rotador, se o paciente não for diagnosticado e tratado adequadamente, poderá ter sua capacidade funcional de movimento diminuída.

Algumas medidas de prevenção

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